Existem no Brasil mais de 5000 marcas de cachaça. Só nessa loja são aproximadamente 200.
Não estou fazendo propaganda de cachaça. Bebida alcoólica pra mim só vinho (raramente) ou quando usados em pratos que vão ao fogo e evaporam. Essa da foto escolhi pelo nome e embalagem. Pedi para fotografar porque conheço o pessoal da loja.
De acordo com história contada no Museu do Homem do Nordeste, antigamente, no Brasil, para se ter melado, os escravos colocavam o caldo da cana-de-açúcar em um tacho e levavam ao fogo. Não podiam parar de mexer até que uma consistência cremosa surgisse. Porém um dia, cansados de tanto mexer, os escravos simplesmente pararam e o melado desandou! A saída que encontraram foi guardar o melado longe das vistas do feitor. No dia seguinte, encontraram o melado azedo (fermentado). Misturaram o tal melado com o novo e levaram ao fogo. O "azedo" do melado antigo era álcool, que aos poucos foi evaporando e formou no teto do engenho umas goteiras que pingavam constantemente. Era a cachaça já formada que pingava. Daí o nome "PINGA". Quando a pinga batia nas suas costas marcadas com as chibatadas, ardia muito, por isso deram o nome de "ÁGUA-ARDENTE". Caindo em seus rostos e escorrendo até a boca, os escravos perceberam que, com a tal goteira, ficavam alegres e com vontade de dançar. Hoje, a cachaça ou aguardente, é símbolo nacional.
Receita Nestlé
Gelatina caipirinha
Ingredientes:
1 envelope de gelatina em pó sem sabor (12 g)
1 lata de Leite condensado
2 colheres (sopa) de suco de limão (coloquei 4)
5 colheres (sopa) de pinga
1 colher (sopa) de raspas da casca de limão
Preparo:
Dissolva a gelatina em seis colheres (sopa) de água fria, em banho-maria ou no micro-ondas por 15 segundos. Em uma panela, misture bem o leite condensado com o suco de limão, a pinga, a gelatina dissolvida e cozinhe em banho-maria por cerca de 20 minutos, sem mexer. Despeje em um recipiente refratário (20 x 30 cm - usei quadrado de 20 cm) molhado e leve à geladeira por cerca de 4 horas ou até ficar firme. Retire da geladeira, corte em quadrados e espere ficar em temperatura ambiente. No momento de servir, polvilhe as raspas de limão.
Dicas de quem criou a receita:
- Se desejar, polvilhe açúcar também no momento de servir.
- O cozimento do leite condensado com a pinga em banho-maria durante o tempo indicado garante a evaporação do álcool da bebida, ficando apenas o sabor e o aroma dessa bebida tão brasileira.
Opinião pessoal: Apesar de ter seguido a receita tal qual indicada e de ter usado uma cachaça de qualidade, achei forte o sabor. Talvez porque bebidas alcoólicas não sejam o meu forte. Para quem gosta, achei uma sugestão bem diferente.
Não se sabe ao certo a origem do termo caipirinha. Uma das lendas conta que os capitães-do-mato, responsáveis pela manutenção da ordem na senzala, costumavam espremer limão na cachaça porque consideravam-na ruim e agressiva (e com limão ficou mais ainda...). Com a abolição dos escravos, os capitães-do-mato foram para as cidades e levaram o hábito da bebida. As pessoas chegavam ao bar, viam o ex-capitão tomando a sua e pediam uma "igual ao do caipira" ou "caipirinha".
Outras curiosidades:
- Existe no Brasil um Museu da Cachaça, em Lagoa do Carro, a 60km de Recife, PE. Possui um acervo de mais de 8.000 garrafas, sendo mais de 2.000 só de Minas. Tem bebida com nomes de pessoas, filmes, bichos, santos, temas musicais e por aí afora
- A garapa azeda surgiu entre 1532 e 1548, na capitania de São Vicente, SP.
- A primeira cachaça foi comercializada no Brasil em 1756 e foi um dos itens que mais contribuíram com impostos para a reconstrução de Lisboa, abalada por um grande terremoto em 1755.
- Desde 1922, a Semana de Arte Moderna do Teatro Municipal de São Paulo veio resgatar a brasilidade, através da valorização do samba, da feijoada e da cachaça.
Curitiba Aldente
Mundo Lusíada
Museu da Cachaça